Presidente da Conab toma posse e diz que vai aumentar controle para evitar irregularidades

07/03/2012 - 20h57

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Rodrigues do Santos, que tomou posse hoje (7) disse que a estatal precisa implantar sistemas de controle para evitar a repetição de irregularidades apontadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo ele, o relatório de 500 páginas produzido pela CGU está sobre sua mesa.

“Os controles têm que acompanhar a questão da modernidade. Nenhum dos itens levantados pela CGU ficará sem resposta. Se eu disser que não me assustei com o relatório, estaria mentindo, mas o susto passa a partir do momento em que você enfrenta os problemas”, disse, após a cerimônia fechada de posse, no gabinete do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro.

Santos, formado em direito e economia e funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, disse que a Conab “precisa urgentemente fazer alguns contratos de cooperação técnica”, com instituições governamentais como universidades, empresas de assistência técnica e a própria Caixa, para cumprir sua missão.

Além disso, é preciso uma renovação do quadro de pessoal da companhia, que atualmente, tem média de idade de 58 anos. Dos 4.480 empregados da Conab, 940 se aposentaram, mas ainda seguem trabalhando na estatal. Segundo o presidente, isso ocorre porque a instituição não tem um fundo de previdência que incentive o afastamento voluntário desses servidores.

“Não consigo conceber uma empresa que sem um planejamento estratégico no qual eu possa cobrar cumprimento de metas, que tenha avaliação de desempenho. Precisamos de governança corporativa e transparência”, disse Santos, se referindo a outros pontos que pretende melhorar.

O presidente reforçou o pedido do ministro ao Ministério do Planejamento para fazer concurso público no órgão. Segundo Mendes Ribeiro, no ano passado, a Conab deixou de gastar R$ 70 milhões de seu orçamento por falta de projetos. Atualmente apenas dois engenheiros, já com idade para se aposentar, fazem o trabalho, enquanto o necessário, segundo a diretoria, seria pelo menos cinco vezes mais.
 

Edição: Rivadavia Severo