Governo da China admite recuo da economia e prevê crescimento de 7,5% neste ano

05/03/2012 - 8h36

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, admitiu hoje (5) que a economia do país vive um período delicado, causado pelos impactos da crise econômica internacional. Ele tentou, no entanto, amenizar esses efeitos. “No conjunto, a situação é favorável ao desenvolvimento pacífico da China”, disse. O assunto é tema da Assembleia Nacional Popular, cuja sessão anual vai até o dia 14,  no Grande Palácio do Povo, em Pequim.

“Estamos ainda em um importante período de oportunidades estratégicas para o desenvolvimento da China e há condições favoráveis para mantermos um firme e robusto desenvolvimento econômico durante um longo período", acrescentou Jiabao ao apresentar o relatório anual sobre a economia chinesa na Assembleia Nacional Popular.

O primeiro-ministro disse que a pressão internacional gerou alta dos preços e redução no crescimento econômico chinês, que caiu 1,2 ponto percentual, atingindo 9,2% em 2011. Segundo ele, algumas indústrias chinesas sofrem com o “excesso de capacidade de produção”.

No relatório, de 30 páginas, Jibao fez um alerta para os cerca de 3 mil delegados presentes à Assembleia Nacional Popular. “A economia global e os padrões políticos vivem profundas mudanças", disse. "Internacionalmente, o caminho para a recuperação econômica global será tortuoso.”

Para 2012, o governo chinês apontou como objetivo um crescimento econômico de 7,5% - o mais baixo dos últimos sete anos e que representa um abrandamento de mais de 2 pontos em relação à media anual alcançada nos últimos 32 anos. As autoridades chinesas querem, no entanto, incrementar o comércio externo em 10% e reduzir o desemprego urbano a menos de 4,7%.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto