Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao reunir-se hoje (28) com a comissária da União Europeia para o Clima, Connie Hedegaard, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou que é fundamental associar as propostas relativas à economia verde no mundo com as ações para a erradicação da fome e da pobreza que geram empregos. Patriota e Connie Hedegaard conversaram por cerca de uma hora, no Itamaraty.
De acordo com diplomatas que acompanharam a reunião, Patriota defendeu que a União Europeia (UE) amplie as negociações que se destinam a obrigar que as empresas estrangeiras – em atuação na Europa – reduzam as emissões de gases causadores de efeito estufa. Por enquanto, o diálogo tem sido travado bilateralmente. Para o Brasil, é fundamental ampliá-lo, tornando-o multilateral.
O chanceler lembrou que o Brasil é favorável à redução das emissões de gás e que várias empresas brasileiras já adotam medidas nesse sentido. Ele disse ainda que outras empresas têm intenção de seguir o exemplo. O assunto está em debate também na Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês), com sede em Montreal, no Canadá.
Antes da reunião com Patriota, a comissária elogiou as ações definidas pelo Brasil em favor da redução do aquecimento global e das emissões de dióxido de carbono. Na reunião com o chanceler, Connie Hedegaard reiterou sua preocupação com relação às metas a serem fixadas na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), que ocorrerá em junho no Rio de Janeiro.
Patriota disse à comissária que o Brasil quer fazer da Rio+20 uma conferência equilibrada em termos de decisões envolvendo os aspectos de desenvolvimento sustentável, a economia e as questões sociais.
Connie Hedegaard fica no Brasil até amanhã (29). Ela também terá uma reunião com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Além da economia verde, elas discutirão as mudanças climáticas e a Conferência Rio+20.
Edição: Lana Cristina