Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Dois anos após o terremoto seguido por tsunami que destruiu parte do Chile, manifestantes saíram às ruas para protestar contra a lentidão na reconstrução de várias cidades do país. O terremoto de 27 de fevereiro de 2010, de 8,8 graus de magnitude na escala Richter, foi o pior da história recente chilena, matando mais de 700 pessoas. Em todo país houve manifestações ontem (26).
Os protestos mais intensos ocorreram nas regiões de Talca e Dichato, além de Concepción e Bío-Bío. Os manifestantes se vestiram de preto e reclaramaram da demora do governo no processo de reconstrução da região. Houve ainda um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do terremoto seguido por tsunami.
Também ontem as autoridades participaram da cerimônia de lançamento da pedra fundamental do memorial dos mortos e desaparecidos, na área de Orrego. Hoje (27), ao longo do dia, haverá missas em todo o país em homenagem às vítimas do terremoto.
"Aqui [no Oeste do Chile] tivemos que recuperar mais de 2 mil casas. O governo prometeu restaurar as casas e até agora nada aconteceu”, disse o senador Andres Zaldivar (Consertação), que participou dos protestos. O prefeito da cidade de La Poza, Ricardo Hormazabal, disse que a região de Concepción é prioridade do governo federal e que a área será reconstruída.
Nesse domingo, o ministro da Habitação, Rodrigo Perez Mackenna, entregou 91 novas casas para os sobreviventes do terremoto. De acordo com dados do governo, o processo de reconstrução evolui e as metas estão sendo alcançadas.
*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur, com sede em Caracas, na Venezuela//Edição: Graça Adjuto