Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) discute hoje (16) resolução que condena o agravamento da situação na Síria. Diplomatas que integram a Liga Árabe (formada por 22 nações) disseram que a maioria dos países muçulmanos vai apoiar a resolução.
Anteontem (14), a missão do Brasil na ONU condenou a violência e pediu que o presidente sírio, Bashar Al Assad, atue de forma democrática. “A ONU deve mandar uma mensagem clara e uníssona de condenação às violações de direitos humanos, ao mesmo tempo em que apoia os esforços da Liga Árabe”, disse a embaixadora brasileira nas Nações Unidas, Maria Luiza Viotti.
“As nossas ações coletivas e individuais devem ser guiadas pela necessidade de por fim à violência, promover a estabilidade e ajudar as partes a encontrar uma saída para o atual impasse político. Nessa conjuntura, a comunidade internacional não deve poupar esforços diplomáticos e precisa buscar uma plataforma de consenso. O Brasil está pronto para dar a sua contribuição”, acrescentou a embaixadora.
Ibrahim Dabbashi, que é membro da missão da Líbia na ONU, disse que a resolução tem o objetivo de servir como mensagem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a necessidade urgente de uma intervenção na Síria.
“A resolução vai ser adotada por maioria esmagadora. É uma mensagem para os membros do Conselho de Segurança de que têm de atuar o mais rápido possível para proteger o povo, dizer ao governo da Síria que 'basta', que ele não tem legitimidade para governar e viabilizar uma solução pacífica”, disse Dabbashi.
A Liga Árabe sugere a nomeação de um governo de transição e a organização de eleições livres e democráticas. As resoluções aprovadas na Assembleia Geral não são vinculadas, servindo apenas como um instrumento de pressão diplomática e recomendação para a intervenção do Conselho de Segurança.
A proposta de resolução exige o fim da violência pelo governo sírio, a libertação de todos os detidos durante os protestos, a retirada de todas as forças armadas das cidades e vilas, a autorização de manifestações pacíficas e de acesso incondicional dos monitores da Liga Árabe e da imprensa internacional.
A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, apelou na última segunda-feira (13), na Assembleia Geral da ONU, para que a comunidade internacional reaja em relação à Líbia. De acordo com ela, a violência no país provocou mais de 6 mil mortos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto