Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A recém-criada Associação de Vítimas da Avenida 13 de Maio, constituída após o desabamento de três edifícios na Cinelândia, no último dia 25, decidiu incluir a prefeitura na lista de réus nas ações de indenização que moverá. A decisão foi tomada em reunião na sede da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) para planejar as primeiras medidas judiciais a serem tomadas, visando à liberação do Edifício Capital, que fica na esquina da Avenida Almirante Barroso.
De acordo com o representante de associação, o advogado Octávio Blatter, a prefeitura, durante anos, se omitiu na fiscalização dos prédios da área central da cidade, o que permitiu as irregularidades que ocasionaram o acidente. “Temos um problema de amparo a essa coletividade, que é uma realidade hoje em dia em grande parte, por omissão das autoridades públicas de darem ao cidadão segurança nos locais em que habita e trabalha”.
No encontro, proprietários de empresas que funcionavam nos edifícios criticaram a omissão de autoridades da prefeitura e do estado. Houve também os que questionaram a presença da prefeitura para prestar apoio às vítimas. “Se fôssemos uma escola de samba, já teríamos recebido milhões da prefeitura”, disse Antônio Molinaro, que tinha um consultório odontológico no Edifício Liberdade, o mais alto dos três prédios que desabaram no centro do Rio.
Mais cedo, representantes da associação estiveram reunidos com integrantes da Procuradoria-Geral do Município, da Guarda Municipal e da Companhia de Limpeza Urbana do município (Comlurb) em busca de soluções. De acordo com Octávio Blatter, a Comlurb se dispôs a contratar uma empresa de Brasília para trabalhar na coleta minuciosa de bens materiais e de restos mortais das vítimas que teriam sido levados durante a retirada dos escombros.
Edição: Lana Cristina