Merkel e Sarkozy se reúnem pela primeira vez este ano para tratar da crise da dívida europeia

09/01/2012 - 9h41

Roberta Lopes*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se reúnem hoje (9), em Berlim, na Alemanha, para preparar a reunião do Conselho Europeu, marcada para 30 de janeiro, na qual voltará a ser discutida a crise da dívida na zona euro.

Esta é a primeira reunião dos dois dirigentes neste ano, na qual será tratada a aprovação, no Conselho Europeu, do novo acordo intergovernamental para reforçar a disciplina orçamentária da zona euro.

O acordo deverá instituir sanções automáticas para quem exceder os limites do endividamento e de déficit fixados no Tratado de Maastricht, que constituiu a União Europeia (UE).

A versão final do novo acordo ainda está em negociações, mas terá de ser aprovada até 30 de janeiro, para que possa ser sancionado pelos parlamentos nacionais e entrar em vigor em março.

Na agenda de Merkel e Sarkozy está também, segundo o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, a situação na Hungria, país da UE que não faz parte da zona euro, mas passa por uma grave crise financeira.

A crise financeira na Grécia, que dá sinais de se agravar, também deve entrar na pauta da reunião. Na semana passada, o governo grego admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de o país deixar o Euro, caso não receba apoios financeiros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Outro país que será alvo especial das atenções dos dois mandatários é a Itália, terceira maior economia europeia, cujo colapso teria consequências dramáticas para a moeda única. No final do ano passado, Silvio Berlusconi teve que deixar o cargo de primeiro ministro por não conseguir encontrar medidas para tirar o país da crise. Mario Monti assumiu seu lugar.

O encontro também deverá tratar a criação de um novo imposto sobre transações financeiras. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou na sexta-feira (6) que a França pretende criar rapidamente o imposto, mas Berlim voltou a afirmar que prefere que esta medida seja estendida a todos os países da UE para que tenha a devida eficácia.

 

 

*Com informações da Agência Lusa    //    Edição: Lílian Beraldo