Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (1º), por volta do meio-dia, para Caracas, na Venezuela, onde participa das discussões da 3ª Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc). Ainda hoje, ela se reúne com o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Dilma também terá reuniões com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.
Brasileiros e venezuelanos têm parcerias nos setores de planejamento econômico e territorial, desenvolvimento urbano e agrícola, habitação popular e infraestrutura. Uma das iniciativas que se destacam é a cooperação técnica, com o apoio da Caixa Econômica Federal, para a execução na Venezuela do programa habitacional Grande Missão Casa, com base na experiência do Minha Casa, Minha Vida.
Terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul, a Venezuela é um principais parceiros do Brasil na região. De janeiro a outubro deste ano, o comércio entre os dois países aumentou 20,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
As exportações brasileiras cresceram 14%, atingindo US$ 3,5 bilhões. As importações chegaram a US$ 1 bilhão (aumento de 48,2%), mantendo a tendência de, a médio prazo, alcançar um intercâmbio mais equilibrado.
A 3ª Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento deverá discutir os impactos da crise econômica internacional, o combate à pobreza por meio da inclusão social e do desenvolvimento sustentável. O objetivo é reunir os 33 chefes de Estado e de Governo que integram a Calc para consolidar a proposta comum de desenvolvimento regional aproveitando o dinamismo econômico do momento.
No encontro, serão assinados três documentos considerados peças-chave para a consolidação do novo bloco. Um deles se refere aos procedimentos da Celac, estabelecendo datas e metas. No outro, há a declaração final do grupo na qual são apresentadas as propostas. O terceiro é relativo à defesa da democracia e da ordem constitucional na região.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil mantém embaixadas permanentes em todos os países da Celac. A corrente de comércio com os países da região cresceu cerca de quatro vezes em oito anos, no período de 2002 a 2010.
O intercâmbio comercial do país com a América do Sul, a América Central, o México e o Caribe atingiu, em 2010, US$ 78 bilhões. Em 2011, até setembro, o intercâmbio comercial com a região alcançou US$ 69 bilhões.
Edição: Graça Adjuto