Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Diante da iminente saída do ministro do Esporte, Orlando Silva, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o governo da presidenta Dilma Rousseff não vive uma crise por causa de mais uma baixa no ministério. O líder petista saiu também em defesa do PCdoB, partido de Orlando Silva, dizendo que a legenda não deve ser “demonizada” devido às denúncias de irregularidades na pasta.
“Não vamos confundir demissão de ministro com uma crise no governo. O governo está bem. Estamos votando as questões [de governo] no Parlamento”, disse Vacarrezza, após acompanhar a posse da nova ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, ex-deputada federal e mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Em defesa do PCdoB, o líder do governo disse que o partido participou das principais “lutas democráticas” no país e é um “aliado de primeira hora” do governo. “Não podemos demonizar o PCdoB.”
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, confirmou, mais cedo, a saída de Orlando Silva do comando do Ministério do Esporte. Segundo Carvalho, a presidenta Dilma Rousseff vai nomear como interino o secretário executivo da pasta, Waldemar Manoel Silva de Souza, para o lugar de Orlando, que pedirá demissão do cargo ainda hoje (26).
A situação de Orlando no governo agravou-se depois que a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou ontem (25) pedido de abertura de inquérito contra o ministro, apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em denúncia publicada pela revista Veja, o policial militar João Dias Ferreira acusou o ministro de participar de esquema de desvio de verbas do Programa Segundo Tempo. Orlando Silva nega envolvimento nas fraudes.
Edição: Lana Cristina