Projeto arqueológico e ambiental do Rio de Janeiro é premiado pelo Iphan

16/10/2011 - 16h30

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, cujas ruínas estão localizadas no município de Rio Claro, no Vale do Paraíba fluminense, receberá o Prêmio Rodrigo Melo de Franco Andrade, instituído pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na categoria Proteção do Patrimônio Cultural. A premiação ocorrerá no dia 19 de outubro em Brasília.

Com 930 mil metros quadrados e 33 mil voltados para a visitação do público, o Parque de São João Marcos é uma das poucas áreas remanescentes da Mata Atlântica. Trata-se do primeiro sítio arqueológico urbano do país. Na década de 40, a cidade de São João Marcos foi destruída dando lugar a um grande lago, formado para abastecer uma usina hidrelétrica. Em períodos em que o nível da água se encontra abaixo do nível normal, tornam-se visíveis estruturas daquela cidade que ainda resistem ao tempo e servem como base de estudos de arqueologia.

Para o coordenador do parque, Luiz Felipe Amaral, a premiação “é fruto de um trabalho diferenciado” e que trará maior visibilidade em termos de visitação ao local. ”Com certeza isso fará com que mais pessoas nos visitem. O parque só faz sentido na medida em que pessoas compareçam e o conheçam”.

Ainda de acordo com o coordenador, o ponto central do sítio arqueológico é torná-lo um núcleo de estudos arqueológicos, ambientais e culturais, a partir da pesquisa e discussão em seminários de temas relevantes à região.

Inaugurado em 2010, e hoje vinculado ao município de Rio Claro, o parque oferece programas culturais, educativos e sociais para o público. Entre as atividades estão passeios em trilhas, oficinas de debates para estudantes onde os visitantes são estimulados a expressar, por meio de redações e desenhos as suas impressões sobre a experiência vivida durante a visitação.

Na cerimônia de premiação, serão entregues aos representantes do parque uma quantia de R$ 20 mil, um troféu e um certificado no Teatro Nacional Cláudio Santoro.

Edição: Rivadavia Severo