Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A delegação do Brasil votou hoje (16), na Organização das Nações Unidas (ONU), favoravelmente ao reconhecimento do Conselho Nacional de Transição (CNT) como representante da Líbia na 66ª Assembleia Geral da ONU. O conselho foi criado e está sob poder da oposição ao líder da Líbia, Muammar Khadafi.
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores informou que o apoio para que o CNT tenha assento nas sessões da ONU não significa que o governo brasileiro o reconhece como o único órgão legítimo na Líbia para conduzir o futuro governo de transição no país.
A votação sobre a presença do CNT na Assembleia Geral da ONU teve 114 votos a favor, 17 contra e 15 abstenções. A decisão permitirá ao presidente do CNT, Mustafa Abdul Jalil, participar das sessões, cuja abertura será no dia 21.
Segundo diplomatas, a medida é um importante passo do CNT na busca por legitimidade internacional – o conselho é reconhecido, unilateralmente, por 60 países como o governo legítimo da Líbia.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o governo do Brasil não “tem por costume” adotar medidas unilaterais. O chanceler acrescentou que em geral o Brasil costuma aguardar as decisões da ONU para tomar uma posição.
No entanto, por determinação da presidenta Dilma Rousseff e de Patriota, o Brasil mantém o embaixador Cesário Melantonio Neto como interlocutor permanente com o conselho. Dilma viaja amanhã para Nova York, onde abrirá a Assembleia Geral da ONU.
Edição: João Carlos Rodrigues