Dilma Rousseff: experiência fará país não entrar em recessão com crise internacional

11/08/2011 - 0h12

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse na noite de hoje (10), em discurso a empresários do ramo da construção civil, que o Brasil adquiriu experiência suficiente na última crise econômica mundial, de 2008, para evitar entrar agora em recessão com as novas oscilações negativas do mercado internacional.

“Nós apreendemos, com a nossa experiência, que momentos de crise são momentos de oportunidade”, disse. “Em nome do governo brasileiro eu digo que não entraremos em recessão, e digo não como uma bravata, mas porque temos condições de reagir, e isso não significa que sejamos imunes a crise”, acrescentou.

Dilma ressaltou que atualmente o país dispõe de US$ 350 milhões de reservas internacionais, US$ 140 milhões a mais que na crise de 2008. De acordo com ela, o Brasil está mais preparado também para enfrentar a contração do crédito. Há três anos, o país tinha R$ 220 milhões em compulsórios. Hoje o valor é cerca de R$ 200 milhões a mais.

“Naquela época todos os países do mundo utilizaram mecanismos para superar a situação crítica. Alguns pegaram recursos fiscais, financeiros, do Orçamento, e salvaram os bancos. Deixaram os consumidores e população endividada sem apoio e resgate”, disse. “Outros países, como nós, saímos da crise porque apostamos no consumo, no investimento. A saída da crise não era recessiva, não era colocar um peso para cima da economia”, completou.

A presidenta disse que o país irá agir novamente como em 2008, para preservar e fortalecer as forças produtivas, o emprego e a renda da população. “O que não quer dizer que não vamos usar medidas para nos proteger do ponto de vista financeiro e cambial”, declarou.

Para Dilma Rousseff, que “por falta de liderança política e por falta de clareza nas medidas”, a atual crise econômica mundial poderá durar mais que a de 2008.

 

Edição: Aécio Amado