Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A arrecadação da Receita Federal deverá crescer este ano entre 10% e 10,5%, de acordo com estimativa do secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. É mais do que o previsto no mês passado pelo próprio Barreto, que apontava para um aumento de 9% a 10%.
O resultado da arrecadação reflete, segundo ele, a lucratividade das empresas medida pelo recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). “Denota o bom momento da economia brasileira e a recuperação da lucratividade das empresas. Está dentro do comportamento esperado e é bastante aderente aos indicadores macroeconômicos”, disse o secretário.
Barreto anunciou hoje (19) que a arrecadação total de impostos e contribuições federais somou, no primeiro semestre, R$ 482,610 bilhões em termos nominais, crescimento de 12,68% em comparação com o mesmo período do ano passado. Só em junho, a arrecadação chegou a R$ 82,726 bilhões, valor recorde para o mês. O resultado representa um crescimento de 15,47% em comparação a maio de 2011 e de 23,07% em relação a junho de 2010.
Além da arrecadação extra de R$ R$ 6,757 bilhões com o programa de refinanciamento de débitos fiscais chamado Refis da Crise, o crescimento da economia inflenciou positivamente no resultado da coleta federal de impostos. A produção industrial, por exemplo, cresceu, entre dezembro de 2010 e maio de 2011, 1,91%. O volume geral de vendas aumentou 13% e a massa salarial cresceu 15,4% em comparação ao período entre dezembro de 2009 e maio de 2010.
Entre os principais tributos, o IRPJ e a CSLL tiveram crescimento real de 22,12% no desempenho da arrecadação de janeiro a junho de 2011. Em seguida, a receita previdenciária, com 20,26%. Em terceiro lugar, Cofins/Pis-Pasep apresentaram expansão real de 15,78%.
“A arrecadação está tendo um comportamento dentro da expectativa e do estimado. Tivemos, no primeiro trimestre, uma boa arrecadação do IRPJ e da CSLL, respondendo à lucratividade das empresas”, disse o secretário da Receita Federal.
Edição: Vinicius Doria