Atletas brasileiros dos Jogos Militares participam de campanha sobre violência contra mulheres

14/07/2011 - 13h14

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Atletas brasileiros que participam da quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, no Rio entre os dias 16 e 24, contribuíram para a campanha mundial UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres, criada em 2008 pelas Nações Unidas para combater a violência de gênero.

Os seis atletas Jadel Gregório (salto triplo), Denise Campos (maratona), Luiz Ramos (boxe), Kátia Cilene (futebol feminino), Rafael Lima (boxe), Simone Lima (pentatlo) e Soraya Cabral (corrida de orientação) aparecem em um vídeo e em cartazes chamando a atenção da população para o problema.

No vídeo, os atletas falam sobre estatísticas da violência contra as mulheres e convocam o público para a prevenção e a eliminação desse tipo de crime. A mensagem da campanha vai circular nos principais espaços e instalações do evento, como os estádios Engenhão, Maracanãzinho, de São Januário e no Parque Aquático Maria Lenk.

A coordenadora de enfrentamento à Violência contra as Mulheres do ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, Verônica dos Anjos, explicou que eventos esportivos como os Jogos Mundiais Militares ajudam a potencializar o alcance da campanha, que vai até 2015, seguindo a orientação das metas do milênio.

“Usar esses encontros internacionais esportivos é extremamente importante por conta da reunião de atletas de todo o mundo e de um público proveniente de diversas partes do mundo. Com isso, conseguimos sensibilizar a população sobre a questão da igualdade de gênero assim como os atletas, que representam ideia e conceitos e têm uma interação muito mais fácil com a sociedade em geral.”

Verônica informou que além do vídeo e dos cartazes, serão distribuídos folhetos e materiais de sensibilização nas Vilas Militares, espaços de convivência, e nas competições finais de vôlei feminino de praia e de quadra, atletismo e de futebol feminino e masculino. “Nossa equipe de voluntários vai fazer um trabalho de sensibilizar as pessoas, com conversas, tentando explicar a temática do que estamos trabalhando.”

O projeto teve a colaboração do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil e do Ministério da Defesa. O evento vai reunir 112 países e mais de 4 mil atletas e as competições são gratuitas e abertas ao público.

Edição: Talita Cavalcante