Presidente do Movimento Viva Brasil estima que campanha do desarmamento arrecadará menos armas

06/05/2011 - 17h11

Da Agência Brasil

Brasília – O presidente da entidade civil Movimento Viva Brasil, Bene Barbosa, disse hoje (6), em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, que sua previsão para a terceira edição da campanha do desarmamento é de uma participação menor.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lançou hoje, no Rio de Janeiro, a Campanha Nacional do Desarmamento 2011, com o slogan “Tire uma arma do futuro do Brasil”. Prevista para iniciar em junho, a terceira edição da campanha foi antecipada após a tragédia na escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio, onde 12 crianças foram mortas por um atirador.

Nas edições anteriores, em 2003 e 2008, foram entregues, respectivamente, 460 mil e 40 mil armas. Para Barbosa, a explicação para a redução no número de armas entregues é que todos os que tinham armas e se decidiram por entregá-las já o fizeram nas duas campanhas.

Ele se disse descrente com o sucesso da campanha deste ano. “Eu acho que a população não precisa ser desarmada. Quem precisa ser desarmado é o criminoso”, observou. Barbosa disse que o desarmamento da população só traz mais segurança ao criminoso. “Quando se fala em desarmar o cidadão de bem, você está dando mais segurança ao criminoso que tem certeza de que não vai encontrar alguém que possa reagir”, explicou.

O presidente do Movimento Viva Brasil também enfatizou que o Estatuto do Desarmamento é muito eficaz para evitar que o cidadão compre armas de fogo legalmente. “O processo de compra de uma arma pode levar até oito meses”, disse. Além disso, conforme observou, o cidadão que quiser comprar uma arma tem que fazer teste psicológico, teste prático demonstrando que sabe atirar e não pode estar respondendo a nenhum tipo de processo.

Edição: Lana Cristina