Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Um comitê setorial da cadeia produtiva da pesca e aquicultura foi instalado hoje (14) na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O comitê vai funcionar em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura. A ministra Ideli Salvatti disse que a indústria da pesca precisa se modernizar e a frota pesqueira adotar tecnologias mais avançadas. A ministra fez uma apresentação dos projetos para o setor em termos de investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Ideli Salvatti disse que há uma perspectiva de investimentos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Para nós a grande novidade é exatamente a disposição do BNDES em abrir linhas de financiamento para esta cadeia produtiva. Isso deve ser a curtíssimo prazo. O banco já está inclusive analisando projetos”.
A ministra afirmou ainda que o ministério trabalha numa política que favoreça a aquicultura com a desoneração sobre o preço da ração, um dos pontos que atrapalham a produção do setor. A expectativa é que até a metade do ano já haja uma resposta sobre o assunto.
Ideli Salvatti também falou sobre a quadruplicação da produção aquícola, no Acre, e a instalação de seis parques aquícolas em hidrelétricas. “A partir desses exemplos bem-sucedidos nós queremos ter uma linha específica no BNDES”, disse.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que a instalação desse comitê setorial da pesca e aquicultura é importante porque há um potencial enorme no setor e, para desenvolvê-lo, é preciso haver políticas específicas. “Temos que buscar inovação, reestruturação tributária e uma série de providências que precisam ser tomadas. Precisa-se organizar a cadeia produtiva. Por isso, criamos esse comitê e firmamos uma parceria com o ministério que terá uma pessoa participando das reuniões do comitê”.
Skaf disse que as reuniões do comitê serão mensais e terão foco na pesca industrial, esportiva e na aquicultura para identificar as necessidades e buscar soluções. “Desde a formação da mão de obra, a modernização, a reforma tributária e tantas outras questões que possam aumentar a produção e gerar empregos e receita”.
Edição: Aécio Amado