Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu hoje (13) que a comunidade internacional se disponha a colaborar com a Líbia, onde cerca de 3,6 milhões de pessoas podem vir a precisar de ajuda humanitária. "É fundamental que a comunidade internacional fale a uma só voz e que continuemos a trabalhar em uma causa comum, em nome do povo líbio", afirmou Ki-moon, em reunião em Doha, no Catar.
As informações são das Nações Unidas. Ki-moon lembrou que a crise na Líbia se agrava diariamente. As forças aliadas do presidente líbio, Muammar Khadafi, enfrentam a oposição e resistem aos ataques da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O secretário-geral afirmou que, nos últimos dias, o enviado especial das Nações Unidas, Abdel Elah Al Khatib, esteve na Líbia. Ele conversou com o primeiro-ministro líbio, Al Mahmoudi, na tentativa de colaborar para o fim do impasse na região.
Pelas últimas estimativas da ONU, aproximadamente 490 mil pessoas fugiram do país, desde que começou a onda de protestos contra Khadafi, em fevereiro. Além disso, cerca de 330 mil pessoas se deslocaram dentro da Líbia na tentativa de escapar dos bombardeios."A Líbia vai exigir os nossos esforços para a construção da paz e da reconstrução, assim que um cessar-fogo foi acordado", disse Ki-moon.
O secretário-geral das Nações Unidas alertou ainda sobre as denúncias de violações de direitos humanos na Líbia. Ki-moon citou atos de violência, incluindo abuso sexual, discriminação e prisões arbitrárias de trabalhadores imigrantes.
Edição: João Carlos Rodrigues