Da BBC Brasil
Brasília - A Justiça do Equador multou a gigante petrolífera norte-americana Chevron em um valor que pode chegar a US$ 8 bilhões (R$ 13 bilhões) por danos causados pela poluição de uma área da Floresta Amazônica equatoriana. A Texaco, que se fundiu com a Chevron em 2001, é acusada de ter derramado 68 bilhões de litros de materiais tóxicos em fossas e rios amazônicos no Norte do Equador – no período de 1972 a 1992.
Em um comunicado, a Chevron disse que vai recorrer da multa, que considerou “ilegítima”. Segundo a empresa, a sentença foi “resultado de fraude e contrária a provas científicas legítimas”. A empresa não confirmou se a multa chega a US$ 8 bilhões, mas informou que estava “tentando decifrar” a sentença.
A queixa contra a petrolífera foi apresentada por um grupo 30 mil equatorianos, que alega que a poluição afetou suas colheitas, destruiu áreas de floresta, matou animais e provocou um aumento na incidência de câncer na população local.
O julgamento do caso começou em 2003, após quase uma década de batalhas legais nos Estados Unidos. Na época, uma corte de apelação norte-americana determinou que o caso deveria ser decidido no Equador.
Ambientalistas dizem esperar que o caso abra precedentes e force as empresas que operam em países em desenvolvimento a cumprir com padrões antipoluição semelhantes aos que obedecem no mundo industrializado.