Líder iraniano ataca sanções e Ahmadinejad defende parceria com a Arábia Saudita

13/06/2010 - 17h29

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O secretário-geral da União Parlamentar da Organização da Conferência Islâmica do Irã, Mahmoud Erol Kilic, afirmou hoje (13) que as sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas foram motivadas por razões políticas. No comunicado divulgado neste domingo, Kilic disse que as restrições violam os direitos humanos e as regras internacionais. As informações são da agência de informações do Irã, a Irna.

“A União Parlamentar manifesta a indignação com esta resolução e condena fortemente qualquer sanção contra cada um dos estados islâmicos”, diz a nota. “Tal resolução contraria os princípios dos direitos humanos e as regras e regulamentos internacionais.”

Na última quarta-feira (9), o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por 12 votos a imposição de sanções ao Irã. Apenas o Brasil e a Turquia votaram contrariamente às medidas. O Líbano se absteve. As resoluções atingem diretamente os setores comercial e militar do Irã.

Paralelamente, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu maior integração com a Arábia Saudita e a Tailândia. No caso dos sauditas, Ahmadinejad disse que há vários aspectos comuns, como a “religião, a posição de destaque e de interesses comuns e os inimigos”.

“Os inimigos estão buscando mudanças geopolíticas da região, incluindo a Arábia Saudita”, disse Ahmadinejad. “Se o Irã e a Arábia Saudita estão unidos, os inimigos não se atrevem a continuar a agressão da ocupação ou pressionar os muçulmanos do mundo”, afirmou ele.

Edição: Andréa Quintiere