Industrial diz que país está preparado para crescimento sustentável no próximo ano

26/12/2009 - 10h50

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil termina 2009 preparado para estabelecer uma base de crescimentosustentável no próximo ano. A perspectivaé do presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura eIndústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy. “De como começou aano, com crise, [o resultado conseguido neste fim de ano]  só pode ser positivo”, disse lembrando que aexpectativa não era nada boa.Ele lembrou que 2009 chegou com os analistas prevendo uma situação caótica naeconomia mundial, com reflexo no Brasil. As consequências, porém, não foram tão graves como se imaginou e consequentemente osproblemas foram amenizados no Brasil.O empresário, noentanto, acredita que mesmo diante das dificuldades provocadas pelacrise, o país preparou o ambiente para que sejam estabelecidas asbases de um crescimento sustentável do ano que vem em diante.Godoy alerta, porém,para os problemas na área de infraestrutura. De acordo com ele,nesta base de crescimento um dos problemas que terão que serresolvidos é a agilização dosinvestimentos em infraestrutura. “Isso está impedindo que deslanchemos a economia de uma forma definitiva”, reclamou.Outro problema é acompetição com a China pela importância que o gigante asiáticotem em diversos setores, principalmente no industrial, e o volume dasvendas chinesas ao Brasil, que tem crescido cada vez mais.Para Godoyé preciso adotar medidas que resolvam isso, além decompensar o desequilíbrio do câmbio, outro problema que o Brasilterá que resolver com a forte valorização do real frente ao dólar.“Então, são medidasque nós temos que fazer para compensar esse desequilíbrio no câmbioque nós temos aqui. Investimento em logística, diminuição decusto tributário, enfim diminuição do custo Brasil para poderequilibrar esse jogo”.Mesmo com a reclamação,o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior informou que as exportações até novembro para a China crescerameste ano 20%. Enquanto as importações caíram 22,74% em comparaçãoao mesmo período do ano passado.