Entidades públicas e privadas fazem parceria em prol da coleta seletiva

20/12/2009 - 10h31

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Rede de Apoiadores da Coleta Seletiva Solidária no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, composta por 17 entidades públicas e privadas e do terceiro setor, será formalizada amanhã (21) durante solenidade de assinatura de protocolo de intenções no Teatro Carlos Gomes.Umadessas entidades é o Banco do Brasil. A gerente de DesenvolvimentoRegional Sustentável do banco (DRS), Liliane Miranda Joels, disse que o protocolo vai  reforçar um trabalhoque vem sendo desenvolvido ao longo dos dois últimos anos comquatro cooperativas e associações de catadores. A formalização da redefacilitará o recebimento de recursos pelos projetos.A iniciativa faz parte da estratégia dedesenvolvimento sustentável do BB, que procura estimular cadeiasprodutivas que ainda  geram pouca renda e têm reduzido valor agregado.“Nós aprendemos a trabalhar juntos e geramosuma sinergia  muito importante. E conseguimos com isso ajudar oscatadores a se colocarem numa situação de interlocutor, deprotagonista”, afirmou.O Banco do Brasil atua desde 2007 apoiando cooperativasde catadores de materiais recicláveis em oito municípios fluminenses,por meio de 18 agências bancárias, que atendem a cerca de 2 milcatadores. “Estamos trabalhando para fortalecer as cooperativas para queelas tenham escala e maior renda dessa atividade. Esse é o nossoobjetivo.”O banco pretende também começar a trabalhar comas indústrias. “A gente vai começar afazer uma ponte com os outros elos da cadeia, para que eles tambémpossam comprar diretamente dos catadores e ajudar nesse trabalho”, afirmou.Apartir da formalização da rede, Liliane disse que a ideia é atender outras demandasespecíficas dos catadores. Entre elas se destaca acriação de um centro de triagem de material, ou seja, um localapropriado para selecionar os resíduos recicláveis, ainda inexistente. “Com os novos membros que se agregaram à rede, nós vamos conseguirsuperar essa dificuldade”, garantiu. A rede quer ainda estimular órgãospúblicos, empresas e restaurantes instalados no centro do Rio afazerem a coleta seletiva. “Os catadores vão ter mais resíduos para reciclagem a partir desse trabalho”, afirmou Liliane.