Ação antipirataria volta a fechar shopping popular de São Paulo

16/12/2009 - 0h02

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pela segunda vez emmenos de uma semana, o shopping popular Galeria Pagé é alvode uma ação contra a venda de produtos falsificados. O local,situado próximo ao Mercado Municipal de São Paulo, na região daRua 25 de Março, é um centro de lojas bastante procurado,principalmente nesta época do ano, por consumidores interessados emcomprar produtos de marcas estrangeiras mais baratos.O prédiodeverá permanecer o dia todo fechado para o cumprimento de uma açãocível, impetrada na 26ª Vara do Fórum Criminal de São Paulo pelo advogado Newton Vieira Júnior, em defesa das empresasestrangeiras que fabricam produtos das marcas Nike, Puma, Casio,Oakley e Chanel. De acordo com o advogado, a expectativa éapreender nas 200 lojas existentes no local cerca de 80 mil itens,principalmente, relógios, celulares, óculos, tênis e artigos deperfumaria. O trabalho é acompanhado por policiais militares etranscorre sem incidentes até o momento, informou Vieira Júnior.Segundo ele, participam da ação cerca de 80 pessoas, entrepoliciais, advogados, oficiais de Justiça, chaveiros e ajudantes.Na quinta-feira da semana passada (10), uma açãoantipirataria também suspendeu a comercialização da Galeria Pagé.Naquele dia, deixaram o local dois caminhões carregados com 16 militens, principalmente, roupas e tênis, informou o advogadoWellington Souza de Oliveira, que representa as marcas AdidasInternational e Reebock International.A ação de busca eapreensão foi realizada entre as 6h e as 18h30, com a participaçãode 40 pessoas, além de 50 policiais militares e de três oficiais de Justiça. De acordo com Oliveira, foi apresentado à Justiça pedido deautorização para a destruição do material apreendido.Emambos os casos, os advogados disseram que o maior prejuízo para asempresas é a imagem “arranhada” pelo consumo de produtos sem asqualidades dos originais. “Esses produtos falsos denigrem a boafama que as empresas [fabricantes] conseguiram obter ao longode muitos anos”, afirmou Oliveira. Vieira Júnior destacou que essetipo de comércio prejudica o consumidor, que compra um produto debaixa qualidade, e o Estado, que deixa de arrecadar impostos.