Ministro descarta problemas no transporte aéreo brasileiro durante a Copa de 2014

15/12/2009 - 18h22

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Copa do Mundo de 2014vai representar apenas um “soluço” no aumento de passageirosdos voos comerciais no Brasil, com 10,3% a mais num período de doismeses (junho e julho de 2014), o que significa pouco mais de 2milhões de viajantes, o que não causará grandes problemas aotráfego aéreo do país.A avaliação foi feitapelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante exposição sobre asações do governo para preparar os aeroportos das 12 cidades-sede doMundial, na Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados. Segundoele, o crescimento esperado elevará o movimento de 26 para 28milhões de passageiros apenas durante os dois meses nos 16aeroportos que serão usados nos locais da competição.“Os estados podem terpreocupações . Outra coisa são preocupações reais. Tudo issoestá gerido pela Infraero para não ter problema. Há uma superdimensão em relação à Copa, mas ela será apenas um soluço notráfego aéreo brasileiro”, disse o ministro, durante suaexposição aos membros da Comissão da Amazônia.Sobre os recursos paraadequação dos aeroportos às exigências da Copa de 2014, Jobimdisse que já está tudo previsto nas leis orçamentárias. “Partedeles são investimentos do PAC [Programa de Aceleração doCrescimento]. Portanto, são verbas mais ou menos carimbadas parao futuro. Vai depender também dos novos governos. Em 2011, vamos terum novo governo. Mas o tipo de receita necessária está previsto.”Quanto à criação daAutoridade Portuária, que ele anunciou durante a audiência públicana Comissão da Amazônia, o ministro da Defesa disse que játerminou a redação do texto e vai enviá-lo à Casa Civil aindaesta semana, mas, provavelmente, ele só será examinado pelaPresidência da República em janeiro. Essa medida (um decretopresidencial) vai criar, segundo Jobim, um novo gestor nosaeroportos . Ele terá, de acordo com o ministro, “autoridadegerencial para que possa gerenciar o uso dos espaços que existemnos aeroportos”, mas não de mando nos servidores da PolíciaFederal, da Receita, da Infraero e da Agência Nacional de AviaçãoCivil (Anac).Sobre a vantagem dessanova figura na administração aeroportuária, Jobim disse que ela“vai ter autoridade para disciplinar todo o funcionamento doaeroporto, conforme a necessidade de cada um”.