Trabalhadores de empresas aéreas ameaçam fazer paralisação na véspera do Natal

02/12/2009 - 17h13

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) vai propor uma paralisação entre os dias 23 e 24 deste mês aos funcionários de empresas aéreas nos diversos estados brasileiros. A informação foi divulgada hoje (2) pelo presidente da federação, Celso Klafke, depois de reunião com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), no Rio de Janeiro.Segundo Klafke, o encontro de hoje entre os representantes dos empregados e das empresas aéreas não apresentou avanço nas negociações salariais, já que o Snea insistiu no reajuste dos salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os empregados defendem aumento de 10%.Klafke afirmou que a Fentac resolveu rejeitar a proposta do Snea e defender um estado de greve para a realização da paralisação nos dois dias que antecedem o Natal. Ele disse, no entanto, que a proposta da Fentac ainda precisa ser aprovada nas assembleias que serão realizadas nos diversos estados.“É um momento de maior intensidade do setor aéreo, por ser véspera de Natal. E isso vai deixar muito claro a importância dos trabalhadores do setor aéreo, que não está sendo considerada. O setor aéreo é, sem exagero nenhum, o setor econômico hoje no Brasil que mais tem crescido e mais tem ganho dinheiro. O lucro das empresas TAM e Gol, no primeiro semestre, foi perto de US$ 1 bilhão”, disse.O diretor administrativo-financeiro do Snea, Arturo Spadale, disse que, durante as negociações, as empresas aéreas cederam em parte aos pedidos dos funcionários e ampliaram sua proposta de 4% (valor estimado do INPC) para 4,5%.Sobre o lucro das empresas aéreas, o Spadale disse que não poderia confirmar as informações de Klafke porque o resultado financeiro do setor aéreo neste ano ainda está sendo avaliado.O representante do Snea afirmou ainda que não acredita que os funcionários de empresas aéreas vão decidir parar na véspera do Natal, porque, até o momento, os empregados não “demonstraram nenhuma insatisfação”.