Condição financeira e aparência física afligem pessoas que vivem com aids no país

01/12/2009 - 9h42

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Estudo divulgado hoje(1º), no Dia Mundial de Luta contra a Aids, aponta a piora das condiçõesfinanceiras e da aparência física como os principais problemas enfrentados pelas pessoas que têm a doença no Brasil. De um total de 1.260 pacientes entrevistados pela Fundação OswaldoCruz (Fiocruz), 36,5% e 33,7%,respectivamente, consideram esses fatores as maiores perdas em decorrência da aids.A pesquisa Percepção da Qualidade de Vida edo Desempenho do Sistema de Saúde entre Pacientes em TerapiaAntirretroviral no Brasil, apresentada pelo Ministério da Saúde, destaca também a discriminação social(20,9%) e a perda do emprego (20,6%) entre os principais problemasrelacionados à infecção pelo HIV.O estudo identificouainda impactos do diagnóstico da aids: 38%dos entrevistados avaliaram não ter tido nenhum ganho após aconfirmação da doença, 43,5% disseram ter conseguido melhorassistência à saúde e 18,6% afirmaram ter mais acesso a suportesocial.

APesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006 indicaque cerca de 67% da população brasileira com 18 anos ou mais têmrendimento mensal menor do que dois salários mínimos (incluindotodas as fontes de renda). A proporção encontrada entre ospacientes com HIV, de acordo com a Fiocruz, é semelhante – 69%.