PT e PMDB farão acompanhamento diário sobre situação de aliança nos estados

25/11/2009 - 13h33

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PT e oPMDB farão, a partir de agora, um acompanhamento praticamentediário das composições que começam a serformadas para as eleições estaduais de 2010 a fim de reduzir o máximo que influências estaduais interfiram naaliança nacional. Por conta disso, as reuniões deavaliação entre as cúpulas dos dois partidosserão intensificadas com ocorreu hoje (25), na sede nacionaldo PT, em Brasília, quando foi um mapeamento da atualconjuntura para trabalhar situações mais delicadas comoé o caso da Bahia e do Pará.A senadoraIdeli Salvatti (PT-SC) afirmou que, na Bahia, estápraticamente definido que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff,terá que fazer sua campanha em palanques peemedebista epetista, mas ainda há possibilidade de, pelo menos, criarregras de convivência entre os dois partidos, durante acampanha. Já no Pará, até por causa de umadisputa acirrada onde não há um candidato com chance devitória definida, a senadora destacou que ainda háespaço para conversas entre o deputado Jader Barbalho (PMDB) ea governadora Ana Júlia Carepa (PT).Jáem estados como São Paulo, o Rio Grande do Sul, Mato Grosso doSul e Pernambuco a disputa entre PT e PMDB é tãoacirrada que sequer há espaço para qualquer tipo denegociação. “Você acha, por exemplo, que temcomo nós conversarmos com o [senador] JarbasVasconcelos (PMDB), em Pernambuco?”, destacou Ideli Salvatti.Outrapreocupação das duas cúpulas partidáriasestá nos estados com maior eleitorado. Ela citou o caso deMinas Gerais e do Rio de Janeiro, segundo e terceiro maiores colégioseleitorais do país, respectivamente. Nos dois estados, PT ePMDB terão que “trabalhar ao máximo” numacomposição, uma vez que, em São Paulo, nãohá possibilidade de união em torno de Dilma Rousseff e,na Bahia, quarto colégio eleitoral do país, a campanhada ministra ocorrerá em palanques diferentes.Ela tambémcomentou a possibilidade de o PSB, aliado tradicional, lançara candidatura própria do deputado Ciro Gomes (CE) que temcrescido nas pesquisas de opinião. “Estratégico éo PT e o PMDB. Essa é a espinha dorsal da continuidade doavanço que se tem conseguido”, afirmou.Salvattidisse, ainda, que as conversas com os socialistas ocorrerãodepois de consolidada a aliança nacional com os peemedebistas.Segundo a senadora, não existe motivos para modificar ummodelo de aliança que tem dado certo ao longo dos anos.