Especialistas discutem até sábado em Curitiba políticas de controle do câncer

28/10/2009 - 15h10

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Aintegração das políticas de controle do câncer na AméricaLatina, novas técnicas para o tratamento da doença e a reivindicação ao Sistema Único de Saúde (SUS) e àAgência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que incluam nalista de procedimentos exames modernos que podem diagnosticar tumores malignos sãoassuntos que serão tratados no 8º Congresso Brasileiro deCancerologia (Concan 2009).O encontro – que reúne emCuritiba, de hoje (28) até sábado (31), cerca de 4 milprofissionais de saúde do Brasil e de diversos países – conta com750 trabalhos inscritos, um volume de produção científicaconsiderado recorde pelo presidente do congresso, Luiz AntonioDias.Com 450 mil novos casos por ano, o câncer é segundamaior causa de morte no país, atrás apenas de doenças cardiovasculares. A integração de políticas naAmérica Latina será discutida por especialistas da Argentina, doUruguai, Paraguai e Caribe. Estarão presentes ao evento 45conferencistas internacionais.Dias ressaltou que nos últimoscinco anos novos procedimentos e drogas deixaram a comunidade médicae científica esperançosa. “O congresso vai focar nos avanços dacirurgia. Discutir a cirurgia pouco invasiva que agride, mutila menoso doente, e também a cirurgia robótica, guiada com precisão porcomputador, além de apresentar as novas técnicas de radioterapia,principalmente as que utilizam imagens para uma precisão”,exemplificou.Parao diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz AntonioSantini, que também é membro da União Internacional contra oCâncer, a doença atualmente é um problema de saúde pública eimpõe grandes desafios de planejamento, vigilância, pesquisa eorganização dos sistemas de prevenção e tratamento. Segundo ele,como órgão responsável pela normatização da política decontrole da doença no Brasil, o Inca vai mostrar suas experiênciasna formação de redes de colaboração mantidas internamente e compaíses vizinhos.Naavaliação do diretor, embora as novas tecnologias, a prevenção eo diagnóstico precoce tenham sido significativos para alterar oquadro da doença, o desafio imposto agora está na difícil equaçãoentre o tratamento com novas drogas e o custo elevado dosmedicamentos. “É um debate de grande importância que devemosenfrentar.”