Desemprego na região metropolitana de São Paulo fica estável em setembro

28/10/2009 - 15h16

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A taxa de desempregona região metropolitana de São Paulo ficou estável, ao passar de14,2% em agosto para 14,1% em setembro, de acordo com a Pesquisa deEmprego e Desemprego (PED), divulgada hoje (28) pela FundaçãoSistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo DepartamentoIntersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a PED, emsetembro, o contingente de desempregados ficou em 1,482 milhão depessoas, 19 mil a menos do que no mês anterior. De acordo com apesquisa, o resultado pode ser atribuído à saída de 55 mil pessoasdo mercado de trabalho e à eliminação de 36 mil vagas.O nível de ocupação variou -0,4% em setembro,com o contingente de desempregados estimado em 9,032 milhões depessoas. O comércio registrou retração de 3,5%, com a eliminaçãode 51 mil postos de trabalho. Na indústria, registrou-seestabilidade, com -0,2% ou menos 3 mil vagas. No setor de serviços,houve queda de 0,2%, com menos 8 mil postos. O item outros setores(construção civil e serviços domésticos) variou positivamente0,4%, com mais 4 mil novos postos de trabalho.O coordenador da pesquisa pelo Seade, AlexandreLoloian, afirmou que os resultados de setembro estão diretamenteligados a fatores não tão positivos: a redução do nível deocupação e a redução do desemprego, devido à saída de maispessoas do mercado de trabalho. “Não houve aumento de ocupação,pelo contrário, houve até redução. Isso não era muito esperado.A participação de pessoas no mercado de trabalho já era para estarcrescendo, e não caindo, como vem ocorrendo”.O economista explicou que esse movimento atípicopara o período está ocorrendo porque as pessoas estão insegurasquanto às perspectivas do mercado de trabalho, por causa deavaliações feitas com o que acontece com pessoas mais próximas, oque gera falta de otimismo. “Temos insistido que o Brasil tem sesaído muito bem da crise. Enquanto os outros [países] aindacontinuam a perder centenas de milhares de empregos, o Brasil estáse equilibrando na corda bamba”, afirmou Loloian. Ele disse que o nível de ocupação tem-semantido, mesmo com a perda 150 mil empregos industriais em São Paulode setembro a setembro, mas ressaltou que o setor de serviços estáem nível superior.Para o restante do ano, Loloian estima que atendência é a de melhora, porque no último trimestre é normal quese comece a admitir mais pessoas devido às atividades próprias definal de ano. “Nossa expectativa é que essa taxa de desemprego nãoaumente muito. Talvez fiquemos um pouco acima do que atingimos emdezembro do ano passado, o menor patamar dos últimos 12 anos.”