Secretaria de Direitos Humanos promove mostra de filmes sul-americanos

05/10/2009 - 5h49

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Começa hoje (5) em São Paulo a Mostra Cinema e DireitosHumanos na América do Sul. Nesta quarta edição,serão exibidos entre longas-metragens e curtas-metragens, documentáriose ficções, 39 filmes de dez países da região:Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai,Peru, Uruguai e Venezuela.Além de São Paulo, a mostra percorrerá 15 capitais: Rio de Janeiro(9 a 15/10); Natal (7 a 11/10); Porto Alegre (8 a 16/10); BeloHorizonte (13 a 19/10); Teresina (13 a 19/10); Manaus (19 a 25/10);Fortaleza (19 a 25/10); Rio Branco (19 a 25/10); Belém (22/10a 1/11); Maceió (26/10 a 1/11); Brasília (26/10 a1/11); Recife (30/10 a 5/11); Curitiba (3 a 8/11); Goiânia (3 a8/11); Salvador (4 a 10/11).Em todas essas capitaishaverá a exibição de obras de diretoresconsagrados como os brasileiros Walter Sales, Daniela Thomas, JoséPadilha e Tata Amaral. A 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos naAmérica do Sul é promovida pela Secretaria Especial dosDireitos Humanos, com produção da CinematecaBrasileira, patrocínio da Petrobras e apoio da TV Brasil.Segundo o curador damostra, o cineasta Francisco César Filho, os filmes têmtemática abrangente. As histórias e assuntos vão desde os direitos das mulheresaté os direitos de catadores de materiais recicláveis,passando pelo direito à verdade, questão importante entre osdiversos países que ainda investigam casos de desaparecimento, morte e tortura durante a ditadura militar. “Adiscussão dos temas de direitos humanos é fundamentalno Brasil e nos demais países do continente, onde ainda nãose conseguiu universalizar a maior parte dos direitos”, diz ocurador.Para Francisco, amostra se diferencia de festivais que ocorrem em outros paísesporque há um cuidado com a formação de novospúblicos. “Nos pautamos por critérioscinematográficos. Não estamos fazendo pregação,mas divulgação”, explica o curador. Ele afirma quequer atrair um público além dos “convertidos aos direitos humanos”.A expectativa éde que 20 mil pessoas assistam os filmes, inclusive portadores de deficiência auditiva quenecessitem de legendas do formato closed caption, e de deficiência visual que precisem de audiodescrição. A programaçãoda mostra nas 16 capitais está disponível no sitewww.cinedireitoshumanos.org.br.