Crise mostrou que era preciso acumular reservas internacionais, afirma diretor do BC

25/09/2009 - 16h21

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma das lições da crise financeira internacional é que foi equivocada aanálise de que a acumulação de reservas internacionais era excessiva,afirmou hoje (25) o diretor de Política Econômica do Banco Central,Mário Mesquita. Segundo ele, a definição do nível deacumulação de reservas deve levar em conta não somente o tamanho daeconomia, mas também o grau de internacionalização do sistemafinanceiro brasileiro. “A política continua. Acreditamos nela”.  O diretoracrescentou que não será anunciado um limite de acumulação dasreservas. “Os bancos estão decidindo racionalmente que vale a penafazer essa operação e achamos, racionalmente, que vale a penaacumular reservas.” De acordo com Mesquita, a preocupação do BCde “montar um colchão que torne a a economia mais resistente a choquesexternos” é válida para todos os anos e não somente para 2010, anoeleitoral, período em que aumenta a desconfiança dos investidores. Desde maio desteano, o BC tem comprado dólares no mercado à vista para compor asreservas. Atualmente, as reservas internacionais estão em US$ 223,6bilhões.