Índices da Fiesp mostram que Brasil está mais competitivo e menos vulnerável a crises

24/09/2009 - 18h11

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Brasil melhorou umaposição no Índice de Competitividade divulgadohoje (24) pela Federação das Indústrias doEstado de São Paulo (Fiesp). No ano passado o paísocupava a 38ª posição e passou para 37ª esteano. O Índice de Competitividade (IC) é realizado desde2008 pela Fiesp e avalia a competitividade combase em 83 variáveis quantitativa. Entre os critérios de mediçãodo IC estão fatores como: saúde, educação,infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento, carga tributária etaxas de juros.A Fiesp também divulgou hoje o Índicede Resistência à Crise, pelo qual o Brasil ocupa a 12aposição na frente dos Estados Unidos (19a) edos os países da América Latina, mostrando que o país está menos vulnerável às turbulências econômicas mundiais. "Saímos dacrise e vamos chegar no final do ano com uma perspectiva melhor para2010. O crescimento de 5% é possível", afirmou José Ricardo Roriz Coelho,diretor do Departamento de Competitividade da Fiesp.Apesar da melhora no ranking da competitividade, oBrasil está entre os últimos colocados de um lista que reúne 43 países  que juntos respodem por cerca de 90% do PIBmundial. O Brasil aparece atrás, por exemplo, da Argentina, Venezuela e o México. Esses países, apesar de não terem criados novas vantagens competitivas, têmelementos como juros menores (no caso do México)e maior escolaridade e baixo analfabetismo da população (como na Argentina),atraindo assim mais investidores."Parecepouco, mas temos avançado muito nos últimos anos. Entre1997 e 2008 a nota do Brasil cresceu 30,2%, melhoramos a nossacompetitividade em quase um terço. Entretanto, ainda hámuito por fazer", afirmou Roriz Coelho. Para o diretor da Fiesp, os problemas de infraestrutura continuam como o principal entrave para que o país alcance uma melhor colocação no ranking da competitividade. "O consumo garante o emprego de hoje, oinvestimento, o de amanhã. O país vai crescer, masresta saber se teremos infraestrutura para suportar este crescimentoou se vão faltar aeroportos, estradas, tecnologia",disse.