Riomar Trindade
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A greve dos bancários paralisou praticamente todas as agências do centro do Rio de Janeiro,mas o movimento não é uniforme nos bairros mais distantes e nosubúrbio. Até as 14 horas, o Sindicato dos Bancários contabilizava aparalisação de 240 agências, com 9,3 mil bancários parados. O presidente do sindicato carioca, Almir Aguiar, informou que, como os banqueiros não apresentaram nenhuma nova proposta, a tendência é a ampliação do movimento.Além do centro, os bairros da zona sul e a Barra da Tijuca, na zonaoeste, registraram adesão quase total à greve, decidida ontem (23) portempo indeterminado. Ainda hoje (24), no final do dia, haverá novaassembleia para avaliação do movimento, mas Aguiar antecipa quea greve será mantida.Na área de influência do Sindicato dosBancários de Niterói, que engloba 16 municípios, em apenas dois deles –Casimiro de Abreu e Silva Jardim – a greve foi parcial. Um total de 176agências não funcionaram, segundo Jorge Antonio, presidente dosindicato. Em cidades importantes, como Niterói e São Gonçalo, todas asagências bancárias não abriram. Os bancários do interior do estadotambém farão assembleia hoje, após às 17 horas.Os bancários, que têm data-base em setembro,decidiram pela greve por tempo indeterminado, em assembleia realizadaontem (23) à noite. A categoria rejeitou a proposta da FederaçãoNacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,5%. Os trabalhadores reivindicam aumento de 10%, mais Participação nos Lucros eResultados (PLR) de três salários e um adicional de  R$ 3,8 mil.