Embaixador classifica represália do governo hondurenho como agressão

22/09/2009 - 17h18

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O embaixador para aAmérica Central e o Caribe,Gonçalo de Mello Mourão, classificou como uma agressão arepresália do governo hondurenho à embaixada brasileira emTegucigalpa. Ontem (21), o presidente deposto, Manuel Zelaya, voltou aHonduras e se refugiou na embaixada brasileira.“Não só do ponto devista diplomático, mas segundo o senso comum, é um ato de agressãoque não pode ser aceito e que, de alguma maneira, tem que serrevertido”, comentou Mourão durante reunião extraordinária daComissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado,encerrada há pouco.Hoje, manifestantesfavoráveis ao presidente Zelaya, que estavam do lado de fora daEmbaixada do Brasil, foram retirados do local pelas forças desegurança hondurenhas com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Aluz, a água e o telefone foram cortados e a embaixada funciona comum gerador a óleo diesel.O embaixador defendeu odiálogo e a negociação pacífica entre o governo interino deRoberto Michelleti e o presidente deposto Manuel Zelaya.Segundo Mello Mourão,não há qualquer indício de ameaça à integridade dos trêsfuncionários brasileiros que permanecem trabalhando na embaixada. Ogoverno já havia determinado o retorno ao Brasil doembaixador em Honduras.