Especial - Pós-crise exige serenidade, afirma economista

15/09/2009 - 6h04

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil passou muito bem pela crise financeira mundial, que completa um ano hoje (15), mas “é importante termos uma posição serena para não cometererros em uma situação ainda em fase de definição”. A avaliação é do economista Olavo Henrique Furtado, da Trevisan Escola de Negócios.Para ele, mais do que nunca, é de vital importância uma avaliação serenae substancial do pós-crise para entender as sequelas deixadas pelo novoperfil de crise, que conjugou rapidez e força, principalmente nospaíses desenvolvidos, com efeitos no mundo todo.“A análise doperíodo atual é tão ou mais importante do que a que foi feita sobre acrise e deve ser muito mais ponderada do que antes”, disse Furtado. Na opinião de Pedro Vartanian, consultor da área de negócios internacionais da Trevisan, a economia brasileira sentiu os efeitos da crise com menosintensidade que a maioria dos países. Ele acredita que a consequêncianatural, no caso, “é uma recuperação mais vigorosa”, diferente dospaíses que foram mais diretamente afetados, como os Estados Unidos, o Japão epaíses europeus.Vartanian acredita que a solidezdo sistema financeiro nacional contribuirá para a retomada docrescimento sustentado em um cenário de estabilidade econômicafavorecido pelo sistema de metas e pelo câmbio flutuante. Ele destacou que a flexibilidade cambial “foi crucial para evitar anecessidade de elevação da taxa Selic durante a crise”.Parao consultor, a credibilidade externa na economia brasileira e a melhora do ambiente de negócios influenciaram no retorno deinvestimentos estrangeiros para o país antes do previsto. "O Brasil deve continuar a despertar interesse do investimentoestrangeiro direto, assim como outros países, como a China, porexemplo.