Entidades da indústria e do comércio fluminense apostam em crescimento da economia em 2009

11/09/2009 - 18h13

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O resultado positivo de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, divulgado hoje (11), mostra que, para o Brasil, o pior da crise passou e que há sinas de avanços positivos.Aanálise é do chefe daDivisão de Estudos Econômicos da Federaçãodas Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), PatrickCarvalho. “Se de um lado, acrise internacional não passou, porque temos uma retração comparado ao mesmo trimestre de 2008, por outro lado, na margem, opior da crise já passou. Em termos gerais, a gente pode falarisso”, disse Carvalho. No que se refere àindústria, de modo particular, o economista percebe que háavanços positivos. “Há sete meses ininterruptos decrescimento da produção industrial, o que vem mostrandoque, após o forte ajuste do início da crise, arecuperação está em marcha.” Ele advertiu,entretanto, que ainda é cedo para afirmar que a indústriajá superou por completo a crise mundial. “De qualquer forma,a tendência está no sentido correto”, avaliou. O economista prevê que o PIBfechará positivo em 2009, podendo chegar a 1%. Para a Federaçãodo Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio/RJ),a evolução do PIB não foi surpresa. O economista da entidade, Christian Travassos, destacou o fato de o consumo das famílias ter completado 23 trimestres de crescimento consecutivo. “A renda e o emprego,na comparação interanual, apesar da crise e seusdesdobramentos, são indicadores que têm permanecido nopatamar de avanço e têm ajudado o Brasil a vencer acrise em 2009, com uma margem até para ter crescimento nofinal do ano”, analisou. Travassos trabalha coma perspectiva de estabilidade para o PIB de 2009, com o índice podendo ficar entre -0,5% e 0,5%. Ele acredita que a tendência, agora, é odesempenho se aproximar mais do patamar de alta, “o que, nessaconjuntura, comparativamente a outros países, é um dadofavorável”.O PIB do segundo trimestre foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que constatou o crescimento no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre de 2008. Houve, no entanto, queda de1,2% diante do resultado do segundo trimestre de 2008.