Número de aparelhos do SUS que fazem exames por imagem está no limite, diz IBGE

02/09/2009 - 16h42

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Embora os exames com auxílio de imagens tenham crescido 38% entre 2000e 2005, a disponibilidade de equipamentos que utilizam imagens paraidentificar doenças no sistema público de saúde está no limite dasrecomendações do próprio Ministério da Saúde.Com exceção domamógrafo, quando não há escassez, como ocorre com aparelhos de raio Xpara densitometria, a quantidade de equipamentos por habitantesapresenta “uma pequena sobra”. A constatação é de pesquisa divulgadahoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),com indicadores sociodemográficos e de saúde. Segundo olevantamento, existem no país 4,9 unidades de tomografiacomputadorizada por 1 milhão de habitantes. A relação está abaixo daoferta dos planos de saúde (30,8 por 1 milhão) e da média verificada emestudo com 16 países, de várias regiões, avaliados pela Organização paraCooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).No Brasil, adisponibilidade de aparelhos de ressonância magnética (1 para cada 1milhão de habitante) também está distante do ideal. A média dospaíses pesquisados pela OCDE é de 6,6 aparelhos para cada grupo de 1milhão de pessoas e, na rede privada, essa relação é de 10,7 para cada 1 milhão. Deacordo com o levantamento, a distribuição dos equipamentos tambémesbarra em desigualdade regionais. Embora conte com equipamentos maisnovos, as regiões Norte e Nordeste são as mais carentes. O percentualde tomógrafos nessas regiões (0,5 e 0,6 por 1 milhão) é ametade da proporção nas regiões Sul e Sudeste.