Governo quer crédito suplementar de R$ 2,1 bilhões para combater doença

27/08/2009 - 8h56

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo federalenviou ao Congresso uma medida provisória que pede ea liberação de crédito suplementar no valor deR$ 2,1 bilhões para o combate da influenza A (H1N1) –gripe suína – no país.

Osrecursos, de acordo com nota do Ministério da Saúde, vãoservir para a compra de 73 milhões de doses de vacina e 11,2milhões kit de tratamentos, além de aumentono número de leitos de unidades de Terapia Intensiva (UTIs),compra de equipamentos e de material para diagnóstico,capacitação profissional e pesquisas sobre a doença.

Aotodo, R$ 1,06 bilhão será usado apenas para a comprade vacinas. A previsão do governo é de que, no primeirosemestre de 2010, pelo menos 36,5 milhões de pessoas sejam imunizadas.

Do total de vacinas, 33milhões de doses serão fabricadas peloInstituto Butantan, e as 40 milhões de doses restantes serão compradas do Fundo Rotatório de Vacinas da OrganizaçãoPanamericana da Saúde (Opas) e de empresas privadas.Os11,2 milhões de kits de tratamentos serão distribuídos aos estados apartir de setembro. Parte da nova remessa – 2 milhõesde kits – será produzida por laboratóriosoficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, soba supervisão do Laboratório de Farmanguinhos daFundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As instituiçõesmilitares, segundo o ministério, vão receber uminvestimento de R$ 20 milhões em infraestrutra.

O atendimento depacientes em estado grave será ampliado com o aumento donúmero de leitos de UTI e de UTI Neonatal, uma vez que asgrávidas fazem parte do chamado grupo de risco da doença.Outros R$ 22,72milhões serão destinados à compra deequipamentos de proteção, sobretudo, para profissionaisde saúde, além de material para diagnóstico,como 3 mil embalagens para transporte de amostras infecciosas e 110mil máscaras.A verba damedida provisória deve financiar ainda cinco pesquisas sobre ocomportamento do vírus. Do total, R$ 5 milhões serãodestinado a estudos sobre a efetividade do medicamento fosfato deosetalmivir na redução dos sintomas e da gravidade dadoença. Será feita também uma análise dasmutações genéticas do vírus.

A previsão éde que as duas pesquisas fiquem prontas em um prazo de até umano. As três restantes, sobre fatores de risco, transmissão,gravidade, mortalidade e validação do insumo produzidono país para o diagnóstico da doença, serãofinalizadas até o fim deste ano. A intenção, deacordo com o ministério, é validar o produto fabricadono Brasil e nacionalizar a produção.