Brasil não faz uso racional de medicamentos, diz secretária executiva de comitê

21/08/2009 - 18h36

Da Agência Brasil

Brasília - A 9ª ReuniãoOrdinária do Comitê Nacional para a Promoçãodo Uso Racional de Medicamentos foi encerrada hoje (21), em Brasília,com uma crítica da secretária executiva do comitê,Silvana Nair Leite, de que, no Brasil, nem sempre a lógica do “uso racional de medicamentos” é respeitada. Segundo ela,o uso racional consiste na prescrição de um remédio,pelo médico, observando a opção mais eficaz,segura e econômica para o paciente.De acordo com NairLeite, o problema estaria na qualificaçãodos profissionais de saúde, e, principalmente, no mercado que dá acessoaos medicamentos sem a receita e ao excesso de publicidade doslaboratórios. “No Brasil a gente tem a propaganda demedicamentos feita diretamente ao médico, de uma forma muitoagressiva, para a população até que estácontrolada, mas também temos um tipo de propaganda ao usuáriode medicamentos que influencia o sobre consumo” disse.Durantea reunião, o comitê discutiu a criação deum curso a distância para a qualificaçãodos médicos na prescrição racional demedicamentos e como sensibilizar os profissionais de saúdepara a notificação de reações adversas a determinadomedicamento apresentadas pelos pacientes. Um serviço denotificação, gerenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já existe efaz parte do sistema mundial de notificação de reaçõesadversas. “Ele depende de profissionais de saúde oalimentarem com informações a respeito de medicamentosque tem problemas de qualidade e de reações adversas”,afirmou Nair Leite. Segundo a secretária, são asinformações desse sistema que fazem a Anvisa geraralertas sobre medicamentos que apresentaram problemas e atédeterminar a retirada deles do mercado.