Projeção para inflação oficial em 2009 cai pela terceira semana seguida

17/08/2009 - 8h47

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aprojeção de analistas do mercado financeiro para oÍndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste anocaiu pela terceira semana seguida, segundo o boletim Focus,publicação divulgada todas as segundas-feiras peloBanco Central (BC). A estimativa passou de 4,40% para 4,37%. Em 2010,os analistas esperam que o índice chegue a 4,32%. A estimativaanterior, em queda há quatro semanas, era de 4,30%. OIPCA é o índice escolhido pelo governo para a meta deinflação, que tem como centro 4,5% e margem de 2 pontospercentuais para mais ou para menos. A meta é válidapara este ano e 2010. O BC usa a taxa básica de juros, aSelic, para controlar a inflação e assim perseguir ameta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Neste ano,a Selic teve queda de 5 pontos percentuais e, na avaliaçãodos analistas, não deve haver mais reduções.Atualmente, a taxa básica está em 8,75% ao ano. Em2010, a expectativa é que a Selic suba e encerre o períodoem 9,25% ao ano, a mesma projeção há trêssemanas.A projeção para o Índice dePreço ao Consumidor da Fundação Instituto dePesquisas Econômicas (IPC-Fipe) neste ano foi mantida em4,11%.As estimativas para o Índice Geral de Preços– Disponibilidade Interna (IGP-DI) e para o Índice Geral dePreços de Mercado (IGP-M) são de deflaçãoneste ano: 0,31% e 0,63%, respectivamente. As estimativas da semanaanterior para os dois índices eram de deflaçãode 0,18% e 0,23%. Em 2010, a expectativa é de alta de 4,5%para o IPC-Fipe, IGP-DI e IGP-M.A projeção paraos preços administrados caiu de 4,30% para 4,25% em 2009 epermaneceu em 3,5% em 2010. Os preços administrados referem-seaos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis,energia elétrica, telefonia, medicamentos, água,educação, saneamento e transporte urbano coletivo,entre outros). O boletim Focusé uma publicação do Banco Central elaborada combase em pesquisa a instituições financeiras sobre osprincipais indicadores da economia.