Lula e Calderón querem estreitar relações comerciais

17/08/2009 - 15h47

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A intenção de ampliar asrelações comerciais entre México e Brasil foi assunto dominante nasdeclarações à imprensa feitas pelos presidentes do Brasil, Luiz InácioLula da Silva, e do México, Felipe Calderón, após reunião.Lula observou que astrocas comercias entre México e Brasil ainda ocupam pequena parcela nocomércio dos dois países e que há grande potencial para que sejamampliadas. “As pautas de exportação são pouco elaboradas, os acordos depreferência comercial são restritos e acanhados. Por isso, estamosempenhados em ampliar o acordo comercial entre Brasil e México”, disse.O mexicano disse quecompartilha da visão de Lula de intensificar o comércio entre os doispaíses e que eles acordaram em acelerar essa aliança. Perguntadopela imprensa brasileira sobre qual a dificuldade em negociar uma áreade livre comércio entre Brasil e México, Calderón respondeu estarconvencido de que os dois países se beneficiariam da ampliação domercado, mas que ainda há setores sensíveis e resistências a esse tipode acordo.“Há muitas resistênciasa vencer e creio que muitas delas são ideológicas, outras derivam domuito que falta aos mexicanos conhecer o Brasil e seu potencial.” Eleafirmou que o crescimento acelerado necessário para superar acrise financeira global virá das economias em desenvolvimento e falousobre a intenção do México de ampliar o leque de parceiros econômicos, afim de evitar a dependência de uma só região.Calderón afirmou que adependência fundamental da economia norte-americana é um dos fatores queexplica o motivo de o México ter sido tão afetado pela crise global.Lula e Calderónreafirmaram a importância da manutenção da democracia na América Latinae defenderam o retorno do presidente deposto de Honduras, ManuelZelaya, ao poder. “A América Latina tem um desafio inadiável, o de contribuirpara que a democracia em Honduras seja restaurada. Com esse propósito,México e Brasil tomaram posição firme a favor do retorno imediato eincondicional do presidente Zelaya a Tegucigalpa”, disse Lula.