Abertura de CPI contra Yeda Crusius é antecipação de debate eleitoral, diz líder do PSDB

14/08/2009 - 19h34

Ivan Richard e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDB na Câmara dosDeputados, José Anibal (SP), afirmou hoje (14) que a aberturade uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) naAssembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para investigar ossupostos atos de corrupção na gestão dagovernadora do estado, Yeda Crusius, é uma forma de anteciparo debate eleitoral do ano que vem.Hoje, o presidente daAssembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan (PT), aceitouo requerimento, assinado por 39 parlamentares, para instalaçãoda CPI para investigar o governo de Yeda Crusius (PSDB). O pedidoapresentado pelo PSDB, com objetivo de evitar a CPI, foi rejeitado e a comissãovai funcionar num prazo de 120 dias.Anibal saiu em defesa de Yeda Crusius, afirmando que a governadora conseguiu zerar o deficit público doRio Grande do Sul e transformou o estado em investidor. “Nãoconformados com o resultado eleitoral, que elegeu a governadora deforma surpreendente, e que faz um trabalho da maior qualidade do pontode vista das finanças públicas, os adversários acaluniaram todo o tempo, inventaram todo o tempo”, disse Anibal.Olíder tucano criticou ainda a postura dos procuradores doMinistério Público gaúcho e também oministro da Justiça, Tarso Genro. “Esse caso tem que ser resolvido deforma exemplar. Procurador não é para fazer políticapartidária, é para defender os interesses da sociedade.O ministro da Justiça, Tarso Genro, que na verdade é o'sinistro da Justiça', candidato declarado ao governo doestado, usou do ministério para tentar focar, caluniar agovernadora”, afirmou.A Executiva Nacional do PSDB divulgou nota esta semana, informando que irá fazer uma representaçãoao Conselho Nacional do Ministério Público contra asações “claramente político-partidárias”dos procuradores responsáveis pelas acusaçõescontra a governadora tucana. O partido também vai exigir nas futuras sabatinas de procuradores designados ao CNMP o“compromisso de luta efetiva contra a politização doMinistério Público”.