Seminário de humanização do SUS quer incentivar profissionais da rede, diz coordenador

07/08/2009 - 17h41

Da Agência Brasil

Brasília - Cerca de 1.150 profissionais da rede pública de saúde de 220 municípios do país participam do 2° Seminário Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) que segue até hoje (7) em Brasília. A expectativa do coordenador nacional de Política de Humanização, Dário Frederico Pasche, é incentivar esses profissionais e motivá-los a adotar técnicas de humanização na rede de saúde.Segundo o coordenador, as rodas de conversas entre os representantes do sistema em cada estado do país e a troca de conhecimentos realizada durante o encontro vão permitir que as mudanças necessárias dentro do SUS sejam analisadas e aplicadas. “Incluindo esse processo de discussão, nós pudemos rever práticas de gestão e maneiras de reorganizá-la para acabar com os problemas do SUS, que não mudam porque não somos capazes de discutir com os outros. A gente quer que o tema da humanização vire o tema do SUS”, destaca.Com o tema Trocando Experiências, Aprimorando o SUS, o evento que teve início na última quarta-feira (5) contou com mesas de discussão sobre a Política Nacional de Humanização (PNH) e com apresentação, por meio de pôsteres, de aproximadamente 500 experiências que deram certo nos municípios. “Nosso processo de formação em humanização no Amapá ainda está engatinhando, esse encontro nos permitiu a troca de experiências práticas muito positivas e valorizou o trabalhador que acredita no SUS”, resume a coordenadora estadual de Política de Humanização do Amapá, Irlany Queiroga de Souza.Pasche aponta que uma das principais ferramentas para alcançar o objetivo do seminário é o trabalho em equipe dos profissionais de saúde. Entretanto, segundo ele, a população ainda precisa ser melhor informada sobre o acesso à rede, fato que dificulta o processo de humanização no SUS. “O correto seria que as unidades hospitalares atendessem de 10% a 15% da demanda de pacientes, no entanto 90% das pessoas recorrem diretamente a um hospital em casos de doenças básicas em vez de procurar um posto de saúde ou a rede de atenção básica”, lembra.