IPCA cai e fecha o mês de julho com taxa de 0,24%

07/08/2009 - 9h29

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo para fixar as metas de inflação, ficou em 0,24% em julho. O resultado é inferior ao registrado no mês de junho, quando a taxa havia sido de 0,36%.Com o resultado de junho, o IPCA acumula no ano alta de 2,81%. A taxa, no entanto, é menor do que a observada no mesmo período do ano passado (4,19%).Considerando os últimos 12 meses, o IPCA de julho (4,50%) também ficou abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores, quando a taxa registrada foi de 4,80%. Em julho de 2008, o IPCA havia ficado em 0,53%.Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e revelam que o resultado foi influenciado principalmente pela queda de0,06% nos preços dos alimentos. No mês anterior, eles haviam subido0,70%. De acordo com o levantamento, o movimento foi “disseminado,ocorrendo na maior parte das regiões metropolitanas pesquisadas:Salvador (-0,73%), Belém (-0,72%), Porto Alegre (-0,58%), Recife(-0,45%), Belo Horizonte (-0,38%), Rio de Janeiro (-0,29%) e Fortaleza (-0,19%)".Oleite pasteurizado continuou a pressionar o IPCA, respondendo por 0,05ponto percentual do índice, mas com menos intensidade do que em junho.O mesmo movimento foi observado em outros alimentos importantes noconsumo das famílias, que ficaram mais baratos ou subiram menos entreum mês e outro. Foi o caso do queijo (de 1,72% para 0,86%), do açúcarcristal (de 3,43% para -0,24%), do leite em pó (de 1,48% para 0,33%) edo pão francês (0,28% para -0,44%).O documento aponta que poucos foram os alimentos que tiveram alta no mês de julho,com destaque para o alho (de 11,75% para 14,64%), o feijão carioca (de0,76% para 6,46%) e o açúcar refinado (de 0,76% para 1,46%).Já os produtos não alimentícios tiveram alta de 0,33% em julho, acima dos 0,26% de junho.A principal pressão foi exercida por energia elétrica (3,25%), emfunção do reajuste de 12,90% nas tarifas da região metropolitana de SãoPaulo, em vigor a partir do dia 4 de julho. O álcool também ficou mais caro em julho (2,47%), depois de ter caído 2,02% em junho,e pressionou o preço da gasolina, que teve alta de 0,68%. Subiram aindaas tarifas dos ônibus interestaduais (de -0,28% para 5,80%) e os itensconserto de automóvel (de 0,48% para 1,28%) e mobiliário (de 2,55% para1,15%).Entre as regiões metropolitanas, a de São Paulo foi aque apresentou a taxa mais elevada no mês (0,57%), influenciadaprincipalmente pela alta nos preços dos alimentos (0,53%) e da energiaelétrica (11,75%).  Por outro lado, os menores índices foram observadosem Recife (-0,07%), no Rio de Janeiro (-0,05%) e em Salvador (-0,02%). OIPCA considera os gastos de famílias com rendimento mensal de um a 40salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Porto Alegre,Belém, Curitiba, do Rio de Janeiro,de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife e Salvador, além deBrasília e do município de Goiânia. Para o cálculo do índice, os preçosforam coletados entre 30 de junho e 28 de julho e comparados com os preços vigentes de 30 de maio a 29 de junho.