Agricultura está bem melhor do que o previsto no final de 2008, diz Stephanes

07/08/2009 - 18h24

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ocenário para a agricultura neste momento é bem melhor do que asprevisões feitas no final de 2008, quando a crise financeira mundialrefletiu na agricultura nacional com a fuga de capitalestrangeiro. A avaliação é do ministro da Agricultura,Reinhold Stephanes, que hoje (7) fez um balanço das prioridades dosetor para o segundo semestre.Stephanesdisse que a desvalorização do real superou muito a queda dascotações internacionais das commodities agrícolas, estimulando ocrescimento da quantidade exportada em 4,5% nos quatro primeirosmeses do ano. “Osaldo continuará positivo em 2009, pois o Brasil é o maiorexportador líquido de produtos agrícolas do mundo e o valor dasexportações é seis vezes o valor das importações”, afirmou.Entreas prioridades do ministério até o fim do ano, o ministro da Agriculturadestacou como um grande desafio a ampliação do mercado internacionalpara o agronegócio brasileiro, principalmente o setor pecuário. Eledisse que é preciso melhorar as relações comerciais com a China,com quem o Brasil negocia a autorização para a venda de carnesuína, assim como o Japão. Com a África do Sul, o país tentareabrir o mercado de carne de frango e suína, fechado desde 2005. Asconversações com a Rússia seguem para o aumento de cotas decarnes que podem ser importadas do Brasil.Segundoo Stephanes, governo também acompanhará de perto os mecanismos decomercialização de trigo, que começa a ser colhido este mês.Apesar do último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento(Conab), estimar uma pequena redução, ele acredita que, se o climaajudar, pode haver um crescimento entre 5% e 10% na safra do cereal emrelação às 6 milhões de toneladas colhidas em 2008. A meta ésuprir, até 2012, no mínimo 60% das necessidades da população,que este ano deve consumir cerca de 11 milhões de toneladas detrigo.O ministro da Agricultura informou queas indicações que tem recebido são de que a Argentina, principalfornecedor de trigo para o mercado nacional, terá mais uma vez redução na safra,podendo diminuir ainda mais as exportações para o Brasil. “Este ano plantaram poucomais da metade do que tinham plantado no mesmo período no anopassado”, afirmou. O ministro completou que, se isso ocorrer, será analisada a possibilidade de isenção da Tarifa Externa Comum(TEC) para os países fora do Mercosul, mas levando em conta asustentação dos preços no mercado interno.