Lula volta defender maior presença do Estado na economia e na promoção social

05/08/2009 - 23h08

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva voltou a defender a importância dofortalecimento do papel do Estado na economia e na promoçãodo bem estar social. Ao participar hoje (5) da abertura do SimpósioInternacional sobre Desenvolvimento Social, em Brasília.Lula disse que foram osgovernos que salvaram o mundo da crise econômica internacional.“Na hora que o alicate apertou, quem teve a confiança dopovo e quem teve que fazer intervenção na economia foiexatamente o Estado, que foi desacreditado durante tanto tempo peloConsenso de Washington, pelas políticas neoliberais”,afirmou.O presidente das República disse ainda o povobrasileiro foi um dos responsáveis para que a crise nãocausasse os mesmos danos que causou nas economias de outros países.“Aqui no Brasil, quem sustentou a crise econômica para nãocausar o estrago que a crise causou noutros países foi o povobrasileiro consumindo e o Estado brasileiro investindo”, disse. Eironizou, em portunhol, os empresários estrangeiros que sequeixam da elevada carga tributária no Brasil. “Quem vem aqui pedir para a gente ter uma carga tributáriapequena são os empresários dos países que têma maior carga tributária do mundo e o maior Estado de bemestar social do mundo”, disse Lula. “Um país que tem umacarga tributária de apenas 10% ou 8% não pode fazerpolítica social porque o Estado não existe”,completou.Lula destacou a importância dosimpósio internacional iniciado hoje para compartilhar com outros países aexperiência brasileira em políticas sociais. “Asexperiências do Brasil serão muito úteis a outrospaíses desde que tenham ajuda financeira”, disse. Opresidente chegou a sugerir que cada nação rica domundo se disponha a “adotar” um projeto de desenvolvimento paraalgum país da África. “Se a gente não fizerisso, essa crise econômica, do jeito que está, pode atédiminuir, mas os países que eram pobres vão ter maisproblemas daqui para frente”, afirmou. O SimpósioInternacional sobre Desenvolvimento Social vai até sexta-feira (7) e tem como principal objetivoanalisar os avanços e os desafios dos países emergentesna superação da pobreza e da desigualdade.