Geração de emprego no Rio é maior que no resto do país, aponta a Firjan

06/08/2009 - 16h33

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro tem mostrado uma recuperação do nível de emprego superior à nacional, revelou hoje (6) a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), em nota técnica sobre a evolução do emprego formal. A nota é baseada em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.O chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan, Patrick Carvalho, disse que no último mês de junho foi criado no estado um total líquido de 5.455 vagas. “Ou seja, mais da metade  das vagas criadas no período entre janeiro e maio (9.712). Isso já mostra uma aceleração na contratação de mão de obra no Rio de Janeiro mês a mês, aumentando ainda mais no último mês.”Em junho, o saldo nacional de empregos formais foi de 119.495 novos contratos  com carteira de trabalho assinada. No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, o saldo é positivo no país, com quase 300 mil novas contratações, das quais 15.167 no estado do Rio.Os dois segmentos econômicos mais importantes no momento no Rio de Janeiro - serviços e construção civil - lideraram as contratações, com um total de 20.252 e 14.047 novas vagas abertas no semestre, respectivamente,  afirmou o economista da Firjan.Ele destacou que, embora a indústria de transformação ainda não tenha conseguido reverter o quadro negativo, acumulando perda de 3.745 vagas no semestre, devido à crise internacional, a indústria extrativa de petróleo não parou seus investimentos. “Até porque  o horizonte da indústria extrativa é  mais de médio e longo prazo e, portanto, não está sujeita a fatores conjunturais, como a crise econômica. E vem crescendo a taxas de dois dígitos já há alguns meses, ao longo de 2009”.A avaliação  de Carvalho é que a tendência de expansão do emprego deve se manter  neste segundo semestre, tanto no Brasil como no Rio de Janeiro. "As políticas fiscal e monetária aplicadas pelo poder público, como a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados [IPI] sobre automóveis e linha branca, além da redução da taxa básica de juros [Selic], acabam  impulsionando a economia fluminense e nacional ainda mais neste segundo semestre.”

Carvalho acrescentou que a crise financeira internacional tem dado sinais de alívio não só no Brasil como no resto do mundo. “Mas,  no Brasil, certamente, a recuperação está sendo muito mais visível.”