Demóstenes Torres diz que Senado chegou a um ponto "extraordinariamente baixo"

06/08/2009 - 19h43

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - "A sessão mais degradante da minha vida”. Assimdescreveu o senador Demóstenes Torres o bate-boca protagonizado pelossenadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o líder do PMDB, Renan Calheiros(AL), ocorrido na sessão da tarde de hoje (6). O democrata afirmouainda que o Senado chegou a um ponto “extraordinariamente baixo” equestionou a necessidade da existência da instituição, abalada porsucessivos escândalos, que atingem, principalmente, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).“Hoje, experimentamos, ao menos euexperimentei de corpo presente, talvez a sessão mais degradante naminha vida aqui dentro do Senado. Chegamos a um pontoextraordinariamente baixo. Temos que dar um basta a isso. Para queexiste o Senado? Para que existe o Congresso Nacional? Somos um bandode fouchés [pessoas sem caráter], figuras menores, que vêm aqui com o único objetivo doenriquecimento pessoal e não para defender os interesses dasociedade?”, questionou Torres, demonstrando indignação com o segundobate-boca ocorrido nesta semana.O democrata ainda discordou darepresentação apresentada pelo PMDB, no Conselho de Ética, contra olíder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Para ele, a representação não teriavalidade nem fatos concretos, mas sim uma forma de intimidação pelofato do PSDB ter apresentado representações conta Sarney.“Oque estamos vendo aqui é a representação contra o senador ArthurVirgílio, representação desqualificada, sem qualquer fundamento. De quefoi acusado o senador Arthur Virgílio, de contrair um empréstimopessoal, é isso? Se ele deu ou não deu um calote, isso é um problema dedívida. Não é um problema de quebra de decoro”, argumentou Torres.