Crise mantém impacto maior na Região Norte, mostra estudo do Banco Central

04/08/2009 - 0h55

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A retomada da atividadeeconômica ocorre com maior dinamismo nas regiões menos dependentesdo comércio internacional, segundo o Boletim Regional, divulgadohoje (4) pelo Banco Central.De acordo com orelatório, o comércio internacional continua a refletir o ambienteainda recessivo registrado nos principais países desenvolvidos. Apublicação do BC é divulgada a cada três meses com o estudosobre a situação econômica de cada região.Segundo os técnicos doBC, os impactos da crise vêm se mantendo por um período maior noNorte do que em outras regiões do país. Isto ocorre porque aeconomia da região depende “de forma acentuada” da demandaexterna por commodities (produtos primários) minerais, e daprocura no país por bens manufaturados, em especial eletrônicos.A economia do Nordestetambém “não registrou recuperação consistente”, segundo orelatório. Um dos motivos foi a ocorrência de adversidadesmeteorológicas e paralisações técnicas no setor petrolífero.A expectativa para aregião nos próximos meses é de retomada da economia por conta dasmedidas fiscais de estímulo fiscal às obras do Programa deAceleração do Crescimento (PAC) e a intensificação dos programasassistenciais do governo.Os técnicos adotam oÍndice de Atividade Econômica Regional (IBCR) para realizar oestudo. O IBCR da Região Norte foi o único que recuou. A queda foide 1,1% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado emfevereiro, quando o recuo foi de 3,9% no mesmo tipo de comparação. A Região Nordestecresceu 0,4%, depois de ter decrescido em fevereiro (1,6%).