Oposição não aparece em reunião para discutir a reforma tributária

23/06/2009 - 22h59

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes dos partidos de oposição não compareceram hoje (23) à reunião com os governistas para discutir a reforma tributária. O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), disse que comunicou ao líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), que a oposição não iria à reunião agendada na semana passada.Segundo Caiado, a oposição não tinha o que discutir sobre a reforma tributária “porque a proposta é a mesma, e ela já se mostrou inviável de ser votada”. A oposição, segundo Caiado, é favorável a discutir uma nova proposta e não a que está sendo discutida pelos governistas.Mesmo com a ausência da oposição, o relator da reforma, deputado Sandro Mabel (PR-GO), o presidente da comissão especial que analisou a proposta, deputado Antônio Palocci (PT-SP), e o deputado Henrique Fontana se reuniram com alguns deputados da base governista e firmaram uma posição para a votação da reforma na semana que vem.“A reforma é muito importante. Infelizmente a oposição tem se negado a participar de reuniões de negociação”, disse o líder do governo. Mesmo assim, Fontana afirmou que o governo vai continuar aberto ao diálogo com a oposição. “Não compreendo a postura da oposição, porque ela não nos acompanha. Infelizmente, os sinais que a oposição tem dado é de que ela não está disposta a colabroar com a votação”, disse.Henrique Fontana afirmou ainda que está tudo preparado para começar a votação da reforma na terça-feira (30). “A ideia é que na semana que vem iniciemos a votação, e se no meio desta caminhada a oposição resolver contribuir com o texto da reforma, estaremos abertos para acolher a negociação com ela. Mas os primeiros sinais são ruins, porque ela não comaprece às reuniões”, declarou.De acordo com o líder do governo, os partidos da base aliada estão dispostos e querendo votar a reforma. “Temos encontrado posição firme da base. Todos entendem que a reforma é boa para o país e para a economia brasileira”, disse.