Movimentos sociais apresentam a Dilma reivindicações sobre programa habitacional

23/06/2009 - 15h42

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Integrantes de movimentos sociais de São Paulo ligados àmoradia popular entregaram hoje (23) à ministra-chefe da Casa Civil,Dilma Rousseff, reivindicações relacionados ao programa Minha Casa,Minha Vida. Eles pediram que na faixa de renda até trêssalários mínimos possam ser construídas moradias em sistema deautogestão pelas cooperativas. Segundo um dos integrantes domovimento, José Carlos Ferreira, dessa forma é possível construirmoradias maiores por menor preço. “A regulamentação do programadiz que na faixa até três salários mínimos a previsão é construir umapartamento de 42 metros quadrados no valor máximo de 52 mil.Conseguimos produzir um de 49 metros quadrados pelo mesmo valor, desdeque seja em autogestão. Se colocar construtora tem o BDI [Benefícios eDespesas Indiretas, cobrado pelas construtoras] que encarece”, disseJosé Carlos Ferreira.A ministra disse que as empresas têm a seufavor a possibilidade de construir as moradias com mais agilidade, mas,ao ser informada de que a cooperativa construiu em São Paulo moradiasem 11 meses, manifestou interesse pelo projeto e disse que vai atender ao convite para conhecer as moradias. Os integrantesdos movimentos sociais chegaram ao Centro Cultural Banco do Brasil(CCBB), sede provisória da Presidência a República, em um ônibus eesperaram a saída da ministra para o almoço. Ao ver os populares, Dilmafoi até a grade de proteção, ouviu os pedidos e recebeu o documento comas reivindicações. Logo se formou uma fila de pessoas para tirar fotoscom a ministra. Não faltaram gritos de “Dilma presidente”. Perguntada por jornalistas sobre as frases de apoio a uma possível candidatura à Pesidência da República em 2010, Dilma respondeu que “apenas escuta” eque ainda está na fase de dizer que “nem amarrada toca nesse assunto”. Aministra disse que receber os movimentos sociais e ouvir asreivindicações de todos é uma orientação do presidente. “Sempreconversamos, discutimos, debatemos, formulamos com ele. Issotambém faz parte da forma diferenciada que o presidente [Lula] orienta todo ogoverno para agir”